blog da marta cruz

segunda-feira, outubro 23, 2006

ECS 5 - Weber (Marta)

Universidade Federal do Rio grande do Sul
Faculdade de Educação
Pedagogia à distãncia: anos iniciais do ensino fundamental(PEAD)
Aluna: Marta Cruz
Pólo: Gravataí
Interdisciplina: Esc5-Weber
Atividade: Semana 4 – Blogs
Data: 23/10/2006


Os três tipos de dominações de ontem e de hoje


Segundo Max Weber, as “bases de legitimidade” da dominação são somente três, cada uma das quais se acha entrelaçada – no tipo puro – com uma estrutura sociológica fundamentalmente diversa do quadro e dos meios administrativos.
A dominação legal em virtude do estatuto. Seu tipo mais puro é a dominação burocrática. Sua idéia básica é: qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto sancionado corretamente quanto à forma. A associação dominante é eleita e nomeada, e ela própria e todas as suas partes são empresas.
Correspondem naturalmente ao tipo de dominação “legal” não apenas a estrutura moderna do estado e do município, mas também a relação do domínio numa empresa capitalista privada, numa associação com fins utilitários ou numa união de qualquer outra natureza que disponha de um quadro administrativo numeroso e hierarquicamente articulado.
A burocracia constitui o tipo tecnicamente mais puro da dominação legal. Nenhuma dominação, todavia, é exclusivamente burocrática, já que nenhuma é exercida unicamente por funcionários. A burocracia constitui o tipo tecnicamente mais puro da dominação legal. Nenhuma dominação, todavia, é exclusivamente burocrática, já que nenhuma é exercida unicamente por funcionários contratados. Isto é totalmente impossível.
Como exemplo de comparação pode-se pensar nas leis que regem o país,os estados e municípios. Onde existe uma burocracia, tanto para criação de leis com para sua execução, bem como exclusão, mas que se faz necessário para o bom andamento de um país, não sendo ideal, mas tentando encontrar uma maneira de organização.
Dominação tradicional em virtude da crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais de há muito existentes. Seu tipo mais puro é o da dominação patriarcal. A associação dominante é o de caráter comunitário. O tipo daquele que ordena é o “senhor”, e os que obedecem são “súditos”, enquanto que o quadro administrativo é formado por “servidores”. Obedece-se à pessoa em virtude de sua dignidade própria, santificada pela tradição: por fidelidade.
A estrutura puramente patriarcal de administração: os servidores são recrutados em completa dependência pessoal do senhor, seja sob a forma puramente patrimonial (escravos, servos, eunucos) ou extrapatrimonial, de camadas não totalmente desprovidas de direitos (favoritos e plebeus).
Podemos fazer uma relação desta dominação tradicional com a família, onde o pai é o chefe e comanda os integrantes de sua família e os empregados através do poder que exerce peranteuma construção familiar, que já não se detém tanto nesta ordem, mas que ainda é muito forte em muitos países.
Dominação carismática em virtude de devoção afetiva à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente: a faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder intelectual ou de oratória.
O tipo que manda é o líder. O tipo que obedece é o “apóstolo”. Obedece-se exclusivamente à pessoa do líder por suas qualidades excepcionais e não em virtude de sua posição estatuída ou de sua dignidade tradicional; e, portanto, também somente enquanto essas qualidades lhe são atribuídas, ou seja, enquanto seu carisma subsiste. Por outro lado, quando é “abandonado” pelo seu deus ou quando decaem a sua força heróica ou a fé dos que crêem em suas qualidades de líder, então seu domínio também se torna caduco.
O quadro administrativo é escolhido segundo carisma e vocação pessoais, e não devido à sua qualificação pessoal (como o funcionário), à sua posição (como no quadro administrativo estamental) ou à sua dependência pessoal, de caráter doméstico ou outro (como é o caso do quadro administrativo patriarcal)
Trazendo tais idéias para a nossa atualliade, podemo relacionar a teoria de Max Weber, especificadamente a carismática, com nossa realidade política, onde o Presidente da República mantém seu cargo através de um “carisma” e não exclusivamente por competência para o cargo.