blog da marta cruz

quarta-feira, novembro 29, 2006

ESC 9 - Grupo A: Versão final no Blog Colaborativo.

Grupo: A
Componentes: Aline e Solange de Alvorada, Angélica e Fernanda de São Leopoldo, Carolina de Sapiranga, Celma e Marta Cruz de Gravataí, Joseide e Marli de Três Cachoeiras.

Texto: Sistema de ensino e divisão do trabalho (p. 15 a 26)

A divisão do trabalho, substancial ao processo de implantação do modo de produção capitalista, é o eixo sobre o qual se articulam as colocações de Marx e Engels, em torno do tema da educação e do ensino, embora não tenham escrito textos dedicados expressamente ao mesmo. Estabelece uma divisão, igualmente radical, entre os tipos de atividade e os tipos de aprendizagem, prolongando-se em uma divisão social e técnica que interfere no desenvolvimento do indivíduo e constitui o ponto chave dessa trama em que se produz a exploração dos trabalhadores. O sistema de ensino é entendido como uma concreta qualificação da força de trabalho que alcançará seu aproveitamento máximo se conseguir também o ajuste e a integração dos indivíduos no sistema – única maneira de não desperdiçar sua força de trabalho, mas sim aproveitá-la. Dito de outra forma: reproduz o sistema dominante, tanto a nível ideológico quanto técnico e produtivo.
A qualificação da força de trabalho encaminha-se para a produção; a educação ideológica que atura o que explicitamente lhe é superposto ( especialmente nos primeiros níveis do sistema escolar)- pretende um ajuste ou integração social. Para Marx e Engels o indivíduo necessita de um tempo de ócio para que possa desenvolver sua capacidade criadora.
Poderíamos relacionar, ao contexto escolar seguinte situação: A questões ligadas a qualidade de ensino que é oferecido nas instituições, estão diretamente ligadas ao processo de falta de ócio, devido as jornadas longas de trabalho em que se submetem muitos profissionais por causa dos baixos salários; e da qualificação que deixa a desejar, pois como diz Marx: O modo de produção capitalista se caracteriza pela exploração; isto é, pela apropriação da força de trabalho. O capital se apropria da força de trabalho e a objetiva, a realiza a fim de gerar mais – valia, portanto mais – valia é correspondente à parte da produção que o capitalista não paga equivalente ao serviço prestado, ou seja, é o valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho, e que é apropriado pelo capitalista, sendo assim, o professor produz conhecimento, mas não ganha o suficiente para melhorar e comprar mais conhecimento. É a relação do trabalhador com o produto do trabalho como objeto alheio tendo poder sobre ele.


Marx, ao denunciar o projeto capitalista que alijava de seu processo produtivo o caráter reflexivo, nos oferece elementos para compreender a relação de exterioridade, ou seja, de alienação, do homem com o trabalho e com o produto de seu trabalho. Possibilita, também, perceber como o trabalho, historicamente, passou por transformações no que se refere às formas de organização da produção e à especialização. A partir daí, passamos a problematizar a fragmentação do saber e a hieraquização das disciplinas. Verificamos a complexificação das relações sociais que se estabelecem a partir da organização da produção, ou seja, do trabalho compreendido enquanto ocupação penosa e sacrificante, institucionalizada, principalmente, na modernidade. Discutimos as bases sobre as quais essa forma de produção se assenta e as possibilidades de transformação das mesmas.
Assim, as transformações no campo educacional são construídas a partir das mudanças nas práticas dos professores e das escolas com um todo, isso pressupõe um investimento positivo nas experiências inovadoras que já se fazem presentes neste meio. A falta de incentivo à iniciativas dessa ordem pode desencadear fenômenos de resistência pessoal e institucional e conduzir à passividade dos sujeitos da educação (Nóvoa, 1992, p.30). Torna-se, portanto, importante e necessário estimular propostas de formação-ação locais, que estejam vinculadas às questões colocadas e percebidas no cotidiano da escola e da região na qual esta está localizada.
A abordagem teórica é imprescindível na formação de um educador crítico, pois constitui-se num dos elementos básicos para a análise qualitativa da realidade, favorecendo a superação de uma concepção fundada no senso-comum, passando a uma consciência filosófico-científica da prática pedagógica (Saviani, 1989). Porém, essa dimensão teórica precisa estar vinculada ao contexto educacional. A investigação da prática educativa, à luz do referencial teórico, constitui-se, hoje, num importante elemento articulador de um projeto coletivo de formação do educador (Fazenda, 1991, p.61) e produção de conhecimento em educação. Nessa perspectiva, o cotidiano escolar define-se como campo e objeto de investigação e atuação profissional do educador, que deve ser um pesquisador em ação. Em defesa dessa concepção de formação de professores, encontramos muitos teóricos da educação contemporânea, entre eles destacam-se Nóvoa (1992) e Schön (1992). Defendendo a idéia de que os professores precisam assumir-se enquanto produtores de sua formação argumentam que essa formação passa por processos de investigação, diretamente articulados com as práticas educativas (Nóvoa, 1992, p. 28). Schön propõe que o professor pesquise sobre a sua própria prática, desenvolvendo-a de forma reflexiva. Ao sugerir a conversa-reflexiva-com-a-situação, identifica a necessidade do investigador construir a problemática, ou melhor, identificar o problema, na inter-relação com seu contexto e com os seus interlocutores diretos e indiretos. Na construção de um projeto (ou design), esse deve buscar a colaboração, através do diálogo, de seus interlocutores mais próximos, para investigar e propor possíveis soluções. Assim, sustenta que os protagonistas de uma dada situação devem repensá-la e refletir sobre as possibilidades de superação da problemática, coletivamente.

Como podemos atribuir as influências do Marxismo até nos dias de hoje?

Bibliografia: NÓVOA, António. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, António. Os professores e sua formação. Lisboa - Portugal Dom Quixote, 1992
.http://www.educacaoonline.pro.br/docencia_e_trabalho.asp?f_id_artigo=104
MARX, Karl. O Capital. Vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1968.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Foto Escola


Esta é a foto da minha escola!!

sexta-feira, novembro 24, 2006

ECS 8 - integração

Visitei os blogs de quase todos os componentes do grupo "A" deixando um comentário, comunicando minha participação no mesmo.
Quanto as perspectiva do trabalho em equipe, acredito que será gratificante, pois enriquece nossos conhecimentos facilitando a troca de experiências. À medida que envolve colegas de outros polos, também possibilita maior interação entre os componentes ampliando laços de cooperação e amizade.
" Um grupo se constrói através da constância, da presença de seus elementos, na constância da rotina de suas atividades, no espaço heterogênio das diferenças entre cada participante".

segunda-feira, novembro 06, 2006

ESC 7

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Educação
Pedagogia a Distancia: anos iniciais do Ensino Fundamental (PEAD)
Aluna: Marta Cruz
Pólo: Gravataí
Interdisciplina: Escola, Cultura e Sociedade
Professor: Lúcia Helena MArques Carrasco
Unidade: 5
Atividade: 07
Data: 06/11/2006
Marx e Engels l

Quem são estes seres humanos – Marx e Engels?
Karl Marx nasceu em 5 de Maio de 1818 em Trier (Prússia renana). A família, abastada e culta, não era revolucionária. Depois de ter terminado os seus estudos no liceu de Trier, Marx entrou na Universidade de Bona e depois na de Berlim; aí estudou direito e, sobretudo história e filosofia. Em 1841 terminava o curso defendendo uma tese de doutoramento sobre a filosofia de Epicuro. Eram, então, as concepções de Marx as de um idealista hegeliano.
Em 1843, Marx casou-se, em Kreuznach, com Jenny von Westphalen. A sua mulher pertencia a uma família nobre e reacionária da Prússia.

Engels nasceu em 1820 em Barmen, na Província renana do reino da Prússia. O pai era um fabricante. Em 1838, Engels teve de abandonar por motivos familiares os estudos no liceu e de entrar como empregado numa casa de comércio de Bremen. Este trabalho no negócio não o impediu de completar a sua instrução científica e política. Foi desde o liceu que ele ganhou ódio ao absolutismo e à arbitrariedade da burocracia. Os seus estudos de filosofia levaram-no ainda mais longe. Predominava então na filosofia alemã a doutrina de Hegel, e Engels tornou-se seu discípulo. Embora Hegel fosse, por seu lado, um admirador do Estado prussiano absolutista, ao serviço do qual se encontrava na qualidade de professor na Universidade de Berlim, a sua doutrina era revolucionária.

Retomando a ideia hegeliana de um processo perpétuo de desenvolvimento, Marx e Engels rejeitaram a sua preconcebida concepção idealista; analisando a vida real, viam que não é o desenvolvimento do espírito que explica o da natureza, mas que, pelo contrário, é necessário explicar o espírito a partir da natureza, da matéria... Contrariamente a Hegel e outros hegelianos, Marx e Engels eram materialistas.

Passando a residir na Bélgica, Karl e Engels passam a aprofundar ainda mais seus estudos, com o apoio terno de Jenny. Em janeiro de 1848, Marx e Engels redigem o famoso e ainda altamente atual - em sua visão crítica do capitalismo - Manifesto Comunista, a pedido dos membros da "Liga Comunista" de Bruxelas. Com os movimentos sociais de 1848 na França, Marx volta a Colônia, na Alemanhã, onde tentar novamente o jornalismo. Posteriormente, depois de lhe ser negada permanência em Paris, Marx vai para Londres, em 1849, onde permancerá até sua morte.

Em que contexto históricos vivem?
No período em que Marx e Engels viveram, a industria, acompanhada das guerras e revoluções políticas em toda a Europa, estava em ascensão destruindo as velhas relações arrendatárias feudais e deixando uma enorme camada de camponeses sem terra, que se viram obrigados a procurar sustento na porta das fábricas, constituindo permanentemente um novo tipo de trabalhador, uma nova classe social, o operariado. Os operários se tornaram a única critica social forte, as industrias eram objetivamente a vida social, senão a própria pátria. No processo de contradição (concentração numérica, miséria, organização) que vinham os trabalhadores a burguesia estaria arruinada, com suas humildes baionetas, mas eis que se constrói a contradição, a burguesia resiste e se molda no poder.

Em Setembro de 1844, Friedrich Engels esteve em Paris por uns dias, e desde então tornou-se o amigo mais íntimo de Marx. Ambos tomaram uma parte muito ativa na vida agitada da época dos grupos revolucionários de Paris (especial importância assumia então a doutrina de Proudhon 10, que Marx submeteu a uma crítica impiedosa na sua obra Miséria da Filosofia, publicada em 1847) e, numa árdua luta contra as diversas doutrinas do socialismo pequeno-burguês, elaboraram a teoria e a tática do socialismo proletário revolucionário ou comunismo (marxismo). Em 1845, a pedido do governo prussiano, Marx foi expulso de Paris como revolucionário perigoso.

O que eles debatem ?
O grande debate de Weber com as idéias de Marx é caracterizado por certa ambigüidade. De um lado, foi Weber o único professor universitário alemão de sua época que defendeu o marxismo. Por outro lado, sua teoria, que atribui ao espírito religioso do calvinismo a primazia na formação da mentalidade econômica do capitalismo, é rigorosamente antimaterialista. Também insiste Weber no fato de que a ação individual é a unidade analítica a ser tomada como elemento essencial para a reflexão sociológica. Tal ponto de partida o expôs ao perigo de um subjetivismo radical, comum na tradição utilitarista; Weber soube, porém, evita-lo, propondo que o significado de tal ação deveria ser compreendido e interpretado no contexto histórico em que se verificava.
Rejeitou de modo claro uma orientação unilateralmente historicista que não fornecesse padrão sistemático para uma análise científica. Para ele, o comportamento individual verificável constituía-se na ação social, objeto de estudo da sociologia e da história. A característica fundamental da ação social, para essas ciências, seria a da orientação por um significado mentalizado pelo agente, que refere o sujeito ao contexto onde atua no tempo e no espaço. O debate a respeito da posição teórica de Weber ainda continua, apontando-lhe influências kantianas, racionalistas, nominalistas e outras. Mas é indubitável a originalidade do pensamento weberiano.

Que outros pontos você acha importante destacar a partir das leituras efetuadas?
Lendo alguns artigos sobre a influência das teorias de Marxs na educação observei que é feita uma relação direta com a queda do Socialismo Real (URSS e Europa Oriental), após a redemocratização de 1985, com as ciências humanas causando um certo desânimo nos professores, pois o materialismo está em crise refletindo diretamente na prática docente.

ESC 8

Olá Pessoal!!
Esta é minha imagem para ESC8.

Email: cruzmarta@bol.com.br