ESC 9 - Grupo A: Versão final no Blog Colaborativo.
Grupo: A
Componentes: Aline e Solange de Alvorada, Angélica e Fernanda de São Leopoldo, Carolina de Sapiranga, Celma e Marta Cruz de Gravataí, Joseide e Marli de Três Cachoeiras.
Texto: Sistema de ensino e divisão do trabalho (p. 15 a 26)
A divisão do trabalho, substancial ao processo de implantação do modo de produção capitalista, é o eixo sobre o qual se articulam as colocações de Marx e Engels, em torno do tema da educação e do ensino, embora não tenham escrito textos dedicados expressamente ao mesmo. Estabelece uma divisão, igualmente radical, entre os tipos de atividade e os tipos de aprendizagem, prolongando-se em uma divisão social e técnica que interfere no desenvolvimento do indivíduo e constitui o ponto chave dessa trama em que se produz a exploração dos trabalhadores. O sistema de ensino é entendido como uma concreta qualificação da força de trabalho que alcançará seu aproveitamento máximo se conseguir também o ajuste e a integração dos indivíduos no sistema – única maneira de não desperdiçar sua força de trabalho, mas sim aproveitá-la. Dito de outra forma: reproduz o sistema dominante, tanto a nível ideológico quanto técnico e produtivo.
A qualificação da força de trabalho encaminha-se para a produção; a educação ideológica que atura o que explicitamente lhe é superposto ( especialmente nos primeiros níveis do sistema escolar)- pretende um ajuste ou integração social. Para Marx e Engels o indivíduo necessita de um tempo de ócio para que possa desenvolver sua capacidade criadora.
Poderíamos relacionar, ao contexto escolar seguinte situação: A questões ligadas a qualidade de ensino que é oferecido nas instituições, estão diretamente ligadas ao processo de falta de ócio, devido as jornadas longas de trabalho em que se submetem muitos profissionais por causa dos baixos salários; e da qualificação que deixa a desejar, pois como diz Marx: O modo de produção capitalista se caracteriza pela exploração; isto é, pela apropriação da força de trabalho. O capital se apropria da força de trabalho e a objetiva, a realiza a fim de gerar mais – valia, portanto mais – valia é correspondente à parte da produção que o capitalista não paga equivalente ao serviço prestado, ou seja, é o valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho, e que é apropriado pelo capitalista, sendo assim, o professor produz conhecimento, mas não ganha o suficiente para melhorar e comprar mais conhecimento. É a relação do trabalhador com o produto do trabalho como objeto alheio tendo poder sobre ele.
Marx, ao denunciar o projeto capitalista que alijava de seu processo produtivo o caráter reflexivo, nos oferece elementos para compreender a relação de exterioridade, ou seja, de alienação, do homem com o trabalho e com o produto de seu trabalho. Possibilita, também, perceber como o trabalho, historicamente, passou por transformações no que se refere às formas de organização da produção e à especialização. A partir daí, passamos a problematizar a fragmentação do saber e a hieraquização das disciplinas. Verificamos a complexificação das relações sociais que se estabelecem a partir da organização da produção, ou seja, do trabalho compreendido enquanto ocupação penosa e sacrificante, institucionalizada, principalmente, na modernidade. Discutimos as bases sobre as quais essa forma de produção se assenta e as possibilidades de transformação das mesmas.
Assim, as transformações no campo educacional são construídas a partir das mudanças nas práticas dos professores e das escolas com um todo, isso pressupõe um investimento positivo nas experiências inovadoras que já se fazem presentes neste meio. A falta de incentivo à iniciativas dessa ordem pode desencadear fenômenos de resistência pessoal e institucional e conduzir à passividade dos sujeitos da educação (Nóvoa, 1992, p.30). Torna-se, portanto, importante e necessário estimular propostas de formação-ação locais, que estejam vinculadas às questões colocadas e percebidas no cotidiano da escola e da região na qual esta está localizada.
A abordagem teórica é imprescindível na formação de um educador crítico, pois constitui-se num dos elementos básicos para a análise qualitativa da realidade, favorecendo a superação de uma concepção fundada no senso-comum, passando a uma consciência filosófico-científica da prática pedagógica (Saviani, 1989). Porém, essa dimensão teórica precisa estar vinculada ao contexto educacional. A investigação da prática educativa, à luz do referencial teórico, constitui-se, hoje, num importante elemento articulador de um projeto coletivo de formação do educador (Fazenda, 1991, p.61) e produção de conhecimento em educação. Nessa perspectiva, o cotidiano escolar define-se como campo e objeto de investigação e atuação profissional do educador, que deve ser um pesquisador em ação. Em defesa dessa concepção de formação de professores, encontramos muitos teóricos da educação contemporânea, entre eles destacam-se Nóvoa (1992) e Schön (1992). Defendendo a idéia de que os professores precisam assumir-se enquanto produtores de sua formação argumentam que essa formação passa por processos de investigação, diretamente articulados com as práticas educativas (Nóvoa, 1992, p. 28). Schön propõe que o professor pesquise sobre a sua própria prática, desenvolvendo-a de forma reflexiva. Ao sugerir a conversa-reflexiva-com-a-situação, identifica a necessidade do investigador construir a problemática, ou melhor, identificar o problema, na inter-relação com seu contexto e com os seus interlocutores diretos e indiretos. Na construção de um projeto (ou design), esse deve buscar a colaboração, através do diálogo, de seus interlocutores mais próximos, para investigar e propor possíveis soluções. Assim, sustenta que os protagonistas de uma dada situação devem repensá-la e refletir sobre as possibilidades de superação da problemática, coletivamente.
Componentes: Aline e Solange de Alvorada, Angélica e Fernanda de São Leopoldo, Carolina de Sapiranga, Celma e Marta Cruz de Gravataí, Joseide e Marli de Três Cachoeiras.
Texto: Sistema de ensino e divisão do trabalho (p. 15 a 26)
A divisão do trabalho, substancial ao processo de implantação do modo de produção capitalista, é o eixo sobre o qual se articulam as colocações de Marx e Engels, em torno do tema da educação e do ensino, embora não tenham escrito textos dedicados expressamente ao mesmo. Estabelece uma divisão, igualmente radical, entre os tipos de atividade e os tipos de aprendizagem, prolongando-se em uma divisão social e técnica que interfere no desenvolvimento do indivíduo e constitui o ponto chave dessa trama em que se produz a exploração dos trabalhadores. O sistema de ensino é entendido como uma concreta qualificação da força de trabalho que alcançará seu aproveitamento máximo se conseguir também o ajuste e a integração dos indivíduos no sistema – única maneira de não desperdiçar sua força de trabalho, mas sim aproveitá-la. Dito de outra forma: reproduz o sistema dominante, tanto a nível ideológico quanto técnico e produtivo.
A qualificação da força de trabalho encaminha-se para a produção; a educação ideológica que atura o que explicitamente lhe é superposto ( especialmente nos primeiros níveis do sistema escolar)- pretende um ajuste ou integração social. Para Marx e Engels o indivíduo necessita de um tempo de ócio para que possa desenvolver sua capacidade criadora.
Poderíamos relacionar, ao contexto escolar seguinte situação: A questões ligadas a qualidade de ensino que é oferecido nas instituições, estão diretamente ligadas ao processo de falta de ócio, devido as jornadas longas de trabalho em que se submetem muitos profissionais por causa dos baixos salários; e da qualificação que deixa a desejar, pois como diz Marx: O modo de produção capitalista se caracteriza pela exploração; isto é, pela apropriação da força de trabalho. O capital se apropria da força de trabalho e a objetiva, a realiza a fim de gerar mais – valia, portanto mais – valia é correspondente à parte da produção que o capitalista não paga equivalente ao serviço prestado, ou seja, é o valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho, e que é apropriado pelo capitalista, sendo assim, o professor produz conhecimento, mas não ganha o suficiente para melhorar e comprar mais conhecimento. É a relação do trabalhador com o produto do trabalho como objeto alheio tendo poder sobre ele.
Marx, ao denunciar o projeto capitalista que alijava de seu processo produtivo o caráter reflexivo, nos oferece elementos para compreender a relação de exterioridade, ou seja, de alienação, do homem com o trabalho e com o produto de seu trabalho. Possibilita, também, perceber como o trabalho, historicamente, passou por transformações no que se refere às formas de organização da produção e à especialização. A partir daí, passamos a problematizar a fragmentação do saber e a hieraquização das disciplinas. Verificamos a complexificação das relações sociais que se estabelecem a partir da organização da produção, ou seja, do trabalho compreendido enquanto ocupação penosa e sacrificante, institucionalizada, principalmente, na modernidade. Discutimos as bases sobre as quais essa forma de produção se assenta e as possibilidades de transformação das mesmas.
Assim, as transformações no campo educacional são construídas a partir das mudanças nas práticas dos professores e das escolas com um todo, isso pressupõe um investimento positivo nas experiências inovadoras que já se fazem presentes neste meio. A falta de incentivo à iniciativas dessa ordem pode desencadear fenômenos de resistência pessoal e institucional e conduzir à passividade dos sujeitos da educação (Nóvoa, 1992, p.30). Torna-se, portanto, importante e necessário estimular propostas de formação-ação locais, que estejam vinculadas às questões colocadas e percebidas no cotidiano da escola e da região na qual esta está localizada.
A abordagem teórica é imprescindível na formação de um educador crítico, pois constitui-se num dos elementos básicos para a análise qualitativa da realidade, favorecendo a superação de uma concepção fundada no senso-comum, passando a uma consciência filosófico-científica da prática pedagógica (Saviani, 1989). Porém, essa dimensão teórica precisa estar vinculada ao contexto educacional. A investigação da prática educativa, à luz do referencial teórico, constitui-se, hoje, num importante elemento articulador de um projeto coletivo de formação do educador (Fazenda, 1991, p.61) e produção de conhecimento em educação. Nessa perspectiva, o cotidiano escolar define-se como campo e objeto de investigação e atuação profissional do educador, que deve ser um pesquisador em ação. Em defesa dessa concepção de formação de professores, encontramos muitos teóricos da educação contemporânea, entre eles destacam-se Nóvoa (1992) e Schön (1992). Defendendo a idéia de que os professores precisam assumir-se enquanto produtores de sua formação argumentam que essa formação passa por processos de investigação, diretamente articulados com as práticas educativas (Nóvoa, 1992, p. 28). Schön propõe que o professor pesquise sobre a sua própria prática, desenvolvendo-a de forma reflexiva. Ao sugerir a conversa-reflexiva-com-a-situação, identifica a necessidade do investigador construir a problemática, ou melhor, identificar o problema, na inter-relação com seu contexto e com os seus interlocutores diretos e indiretos. Na construção de um projeto (ou design), esse deve buscar a colaboração, através do diálogo, de seus interlocutores mais próximos, para investigar e propor possíveis soluções. Assim, sustenta que os protagonistas de uma dada situação devem repensá-la e refletir sobre as possibilidades de superação da problemática, coletivamente.
Como podemos atribuir as influências do Marxismo até nos dias de hoje?
Bibliografia: NÓVOA, António. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, António. Os professores e sua formação. Lisboa - Portugal Dom Quixote, 1992
.http://www.educacaoonline.pro.br/docencia_e_trabalho.asp?f_id_artigo=104
MARX, Karl. O Capital. Vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1968.